Comissão de Segurança Pública aprova reserva de vagas em universidades para profissionais da segurança

Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprova projeto que reserva vagas em universidades para agentes de segurança pública

No dia 12 de janeiro de 2024, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que propõe a reserva de 20% das vagas de graduação e pós-graduação dos programas de vestibular das universidades e institutos federais e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para agentes de segurança pública federais, estaduais e municipais. Além disso, o benefício engloba policiais legislativos, peritos oficiais de natureza criminal, agentes de segurança socioeducativos e agentes de trânsito.

O projeto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Capitão Alden (PL-BA) aos projetos de lei 1488/23, dos deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Delegado Caveira (PL-PA); e 3558/23, do deputado Eriberto Medeiros (PSB-PE). No substitutivo, Capitão Alden adotou principalmente a ideia do PL 1488/23, ampliando as categorias beneficiadas para incluir policiais legislativos, peritos e agentes socioeducativos e de trânsito.

Além disso, o projeto propõe a criação, no Ministério da Educação, do Sistema Nacional de Bolsa de Estudos para Profissionais da Segurança Pública nas universidades e institutos federais e na Universidade Aberta do Brasil (UAB) – sistema integrado de universidades que oferece cursos a distância.

Capitão Alden justificou o projeto afirmando que a formação de nível superior ajuda os policiais na construção de sua autoestima, da identidade profissional e na aquisição dos valores e crenças da profissão, com retornos positivos para a sociedade.

A proposta também estende a reserva de 20% das vagas aos familiares de 1° grau (pais e filhos), e o Poder Executivo regulamentará as condições para acesso e distribuição das vagas.

A proposta ainda precisa tramitar em outras comissões, como as de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser aprovada.

Essa medida tem gerado polêmica em relação à igualdade de oportunidades no sistema de ensino superior, mas defensores do projeto argumentam que a formação superior pode contribuir para a atuação mais eficiente e ética dos profissionais da segurança pública. A discussão promete continuar nas próximas etapas do processo legislativo.

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