Presidente do Equador propõe aumento do IVA para financiar conflito armado interno contra narcocriminosos

O presidente do Equador, Daniel Noboa, enfrenta a primeira crise de seu governo com a declaração de um “conflito armado interno” para combater o avanço de facções narcocriminosas no país. A proposta para aumentar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 12% para 15% foi apresentada ao Congresso como forma de financiar a resposta do Estado diante da escalada da violência. A tensão atingiu seu ápice neste domingo, quando o líder de uma das facções mais poderosas do país fugiu da prisão.

De acordo com informações do governo, mais de 20 gangues, totalizando cerca de 20 mil membros, têm espalhado o terror pelo Equador. O estado de exceção foi decretado, resultando em tumultos nos presídios, sequestros de policiais e ataques com explosivos nas ruas. Até o momento, os motins nas prisões continuam, mantendo 178 funcionários como reféns.

O país, que há anos era considerado livre do narcotráfico, tem enfrentado uma crescente onda de criminalidade, sendo utilizado como ponto de trânsito de drogas para os EUA e Europa. O aumento da violência tem gerado impactos significativos na segurança nacional e nas relações internacionais do Equador.

O agravamento da situação fez com que o governo dos Estados Unidos anunciasse o envio de altos comandantes militares para auxiliar nas operações de enfrentamento às organizações criminosas transnacionais. Além disso, o presidente Daniel Noboa manifestou apoio a assistência militar e em inteligência por parte de países aliados, como Argentina e Estados Unidos.

Para lidar com a superlotação das prisões, o governo equatoriano anunciou a “repatriação” de 1,5 mil colombianos presos. No entanto, a iniciativa foi criticada pelo governo esquerdista da Colômbia, que a vê como uma “expulsão em massa”, alegando que os presos poderiam ser uma ameaça à segurança do país vizinho.

Em paralelo à crise de segurança, o presidente Noboa apresentou ao Congresso um projeto de lei que visa aumentar o IVA como forma de financiar o “conflito armado interno” e enfrentar a crise econômica do país. A proposta recebeu críticas e deve ser avaliada pela Assembleia Nacional nos próximos 30 dias.

A situação tem gerado preocupações nas fronteiras do Equador, especialmente com a Colômbia, e a comunidade internacional tem manifestado solidariedade diante da grave crise enfrentada pelo país. A escalada da violência e o aumento do narcotráfico representam desafios significativos para o governo equatoriano, que busca encontrar soluções para restabelecer a segurança e estabilidade no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo