De acordo com informações do governo, mais de 20 gangues, totalizando cerca de 20 mil membros, têm espalhado o terror pelo Equador. O estado de exceção foi decretado, resultando em tumultos nos presídios, sequestros de policiais e ataques com explosivos nas ruas. Até o momento, os motins nas prisões continuam, mantendo 178 funcionários como reféns.
O país, que há anos era considerado livre do narcotráfico, tem enfrentado uma crescente onda de criminalidade, sendo utilizado como ponto de trânsito de drogas para os EUA e Europa. O aumento da violência tem gerado impactos significativos na segurança nacional e nas relações internacionais do Equador.
O agravamento da situação fez com que o governo dos Estados Unidos anunciasse o envio de altos comandantes militares para auxiliar nas operações de enfrentamento às organizações criminosas transnacionais. Além disso, o presidente Daniel Noboa manifestou apoio a assistência militar e em inteligência por parte de países aliados, como Argentina e Estados Unidos.
Para lidar com a superlotação das prisões, o governo equatoriano anunciou a “repatriação” de 1,5 mil colombianos presos. No entanto, a iniciativa foi criticada pelo governo esquerdista da Colômbia, que a vê como uma “expulsão em massa”, alegando que os presos poderiam ser uma ameaça à segurança do país vizinho.
Em paralelo à crise de segurança, o presidente Noboa apresentou ao Congresso um projeto de lei que visa aumentar o IVA como forma de financiar o “conflito armado interno” e enfrentar a crise econômica do país. A proposta recebeu críticas e deve ser avaliada pela Assembleia Nacional nos próximos 30 dias.
A situação tem gerado preocupações nas fronteiras do Equador, especialmente com a Colômbia, e a comunidade internacional tem manifestado solidariedade diante da grave crise enfrentada pelo país. A escalada da violência e o aumento do narcotráfico representam desafios significativos para o governo equatoriano, que busca encontrar soluções para restabelecer a segurança e estabilidade no país.