Rebeldes iemenitas defendem ataques a EUA e Reino Unido, após bombardeios no Mar Vermelho

Os rebeldes huthis, do Iêmen, afirmaram nesta sexta-feira (12) que Estados Unidos e Reino Unido se tornaram “alvos legítimos”, após terem bombardeado as suas posições. Os ataques seriam uma resposta a semanas de ofensivas contra embarques no Mar Vermelho, que estariam ameaçando o comércio internacional. Os bombardeios reacenderam os temores de que a guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas em Gaza se espalhou para toda a região.

Segundo os rebeldes, aliados do Irã, os navios que trafegam pelo Mar Vermelho estariam sendo atacados em demonstração de “solidariedade” aos palestinos em Gaza. Essa atitude gerou uma onda de ataques por parte de potências ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e outros oito aliados, que alegam que o objetivo é “desescalar a pressão” e “restaurar a estabilidade no Mar Vermelho”. No entanto, o Irã e outros países condenaram as ações das potências ocidentais e alertaram que a situação pode piorar.

De acordo com o Conselho de Segurança da ONU, foi programada uma reunião de emergência para discutir a situação, após aprovar uma resolução exigida para que os huthis interrompam seus ataques imediatamente. Os preços do petróleo subiram 4% por medo de uma escalada de violência, mas posteriormente voltaram a cair.

Os rebeldes huthis controlam grande parte do Iêmen desde 2014, quando teve início a guerra civil. Além disso, eles integram o autoproclamado “eixo de resistência”, um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã. Esse grupo também inclui o Hamas e o Hezbollah libanês.

Como resposta, os rebeldes ameaçaram os Estados Unidos e o Reino Unido, afirmando que os ataques podem ter uma “resposta” e que os países devem “se preparar para pagar um alto preço”. Em retaliação, recentemente os huthis lançaram um míssil balístico antinavio em resposta aos ataques britânicos-americanos.

Os ataques ocasionaram uma série de manifestações, tanto no Iêmen quanto em outros países, como resposta aos acontecimentos.

Além disso, muitos especialistas e lideranças internacionais se manifestaram, expressando preocupação com a escalada de violência e pedindo moderação para diminuir os riscos de um conflito ainda maior. Portanto, a situação, que envolve diferentes atores e interesses de várias partes do mundo, segue instável e imprevisível.

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