Ativistas realizam ato em São Paulo em solidariedade ao povo palestino e pedem fim do genocídio em Gaza.

No último sábado, centenas de pessoas se reuniram em São Paulo para mostrar seu apoio ao povo palestino em um ato que contou com a presença de figuras brasileiras e palestinas. A marcha teve início na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt, no centro da capital paulista.

Durante o evento, os participantes estenderam uma grande bandeira da Palestina e faixas pedindo o fim do genocídio em Gaza, além de um embargo a Israel. Esse ato realizado na maior cidade do Brasil é apenas um dos muitos que estão acontecendo ao redor do mundo, em mais de 73 cidades, como forma de demonstrar solidariedade e pressionar por um cessar-fogo imediato e definitivo em Gaza, onde o genocídio em curso já dura quase 100 dias.

Soraya Misleh, jornalista palestina-brasileira que coordena a Frente em Defesa do Povo Palestino em São Paulo, destacou que a situação em Gaza é terrível e dramática, citando como exemplo que a maioria dos mais de 30 mil palestinos mortos ou desaparecidos entre os escombros são crianças. Ela também afirmou que 90% dos 2,4 milhões de palestinos em Gaza foram obrigados a se deslocar de suas casas, que foram inteiramente destruídas, e estão morrendo de fome, sede, e sem tratamento médico.

Mohammad Farahat, que chegou ao Brasil recentemente vindo de Gaza, destacou que teve que deixar a região por causa do genocídio e dos mortes e bombardeios provocados por Israel. Ele relatou que sua casa foi destruída, ele perdeu vários familiares e amigos, e que a situação para aqueles que ficaram em Gaza é muito perigosa.

Além dos palestinos e integrantes de movimentos sociais e políticos, o ato também contou com brasileiros que se solidarizam com o sofrimento vivenciado pelas famílias de Gaza. Por fim, os manifestantes defenderam que o governo brasileiro seja mais contundente em suas ações e posicionamentos contra a guerra.

Os números gritantes não mentem: mais de 23 mil palestinos foram mortos e quase 60 mil ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza desde que o Hamas lançou uma ofensiva contra Israel no dia 7 de outubro do ano passado. Enquanto em Israel, os ataques do Hamas no dia 7 de outubro deixaram 1,2 mil mortos, além de levar mais de 240 pessoas reféns. A situação é crítica e exige ação rápida e eficiente por parte da comunidade global.

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