Nicolás Maduro anuncia aumento das bonificações mensais para trabalhadores na Venezuela, sem elevar o salário-mínimo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento nas bonificações mensais que complementam a renda dos trabalhadores, sem elevar o salário-mínimo, que atualmente é de 4 dólares (R$ 20). Segundo o presidente, as bonificações passarão para 100 dólares (R$ 487), sendo 60 dólares (R$ 292) referentes ao bônus de guerra econômica e 40 dólares (R$ 195) ao Cestaticket, que é o bônus de alimentação.

Maduro afirmou que esses aumentos entrarão em vigor a partir de fevereiro, mas não serão inclusivos para todos os trabalhadores. O bônus de alimentação é obrigatório por lei, mas o bônus de “guerra econômica” apenas é recebido por quem está registrado no sistema de subsídios do governo.

Os funcionários públicos, que também protagonizaram protestos nesta segunda-feira, desativaram que os intervalos do sejamlarizados. Eles argumentam que o custo da cesta básica supera os 500 dólares (R$ 2.437) por mês, o que evidencia a dificuldade econômica enfrentada pelos trabalhadores venezuelanos.

Especialistas sustentam que o governo não quis aumentar os salários como parte de uma política para reduzir a inflação, que fechou 2023 em 189,8%. O dado é inferior aos 234% registrados no ano anterior e aos 686,4% de 2021, quando o país superou a hiperinflação.

A crise econômica na Venezuela é frequentemente atribuída pelos funcionários do governo a avaliações internacionais. Maduro prometeu mais aumentos no futuro, afirmando que é “um esforço titânico que estamos fazendo” para esses aumentos.

Essa medida do governo venezuelano gerou repercussão internacional, despertando interesse pelo cenário econômico do país. Além disso, foi destaque em diversos veículos de comunicação mundo afora.

Essa tentativa de aumentar as bonificações sem elevar o salário-mínimo reflete a complexidade da situação econômica enfrentada pela Venezuela. Medidas de incremento de renda são aplicadas, mas o desafio de estabilizar a economia e promover um crescimento sustentável é uma questão em aberto para o governo de Nicolás Maduro.

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