Apreensão de 33 toneladas de cocaína na Bolívia, em 2023, representa aumento de 63% em relação ao ano anterior.

A Bolívia apreendeu 33 toneladas de cocaína no ano passado, representando um aumento de 63% em relação ao ano anterior. O relatório de combate ao tráfico de drogas apresentado nesta terça-feira pelo governo do presidente Luis Arce detalha esses números alarmantes.

Durante uma cerimônia policial em La Paz, o ministro do Interior, Eduardo Del Castillo, afirmou que mais de 32,93 toneladas entre cloridrato de cocaína e pasta base foram apreendidas. Esse aumento preocupante de 63% em comparação com o ano anterior foi um ponto central no discurso do ministro.

Além disso, o relatório também destacou a apreensão de 372 toneladas de maconha no ano passado. Esses números fazem com que a Bolívia seja considerada pela ONU o terceiro maior produtor mundial de cocaína, ficando atrás apenas da Colômbia e do Peru.

Apesar do tráfico de drogas ilegais, o consumo da folha de coca, matéria-prima para a produção da cocaína, é legal na Bolívia. O governo autoriza o cultivo desta planta até um máximo de 20.000 hectares, porém em 2023 a área plantada atingiu cerca de 30.000 hectares.

O ministro ressaltou o compromisso do governo em lidar com a questão da sobreprodução de folha de coca, afirmando que estão em processo de erradicação desse excesso de cultivo. O governo também informou que 88% dos laboratórios para fabricação de cocaína na Bolívia estão no Trópico de Cochabamba, no centro do país.

Essa área abriga a poderosa Federação de Cocaleros, cujo líder é o ex-presidente Evo Morales. O líder da federação tem criticado duramente o presidente Arce, seu ex-aliado e ex-ministro da Economia. Evo Morales denunciou a suposta permissividade do governo com o tráfico de drogas, especialmente após a fuga do traficante uruguaio Sebastián Marset com a aparente cumplicidade de autoridades.

Diante dessas acusações, o ministro Del Castillo refutou as alegações de Morales, destacando que o país foi o mais afetado em questões financeiras pelo conhecido narcotraficante, com mais de US$ 30 milhões confiscados, e que conseguiram desmantelar toda a sua organização criminosa.

Diante desse cenário alarmante, o governo da Bolívia está sendo pressionado a tomar ações mais efetivas no combate ao tráfico de drogas e à produção de cocaína. A situação requer atenção e esforços significativos para lidar com um dos maiores desafios enfrentados pelo país sul-americano.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo