A intensificação dos ataques dos rebeldes huthis do Iêmen no Mar Vermelho tem gerado preocupações e impactos significativos para empresas e para o comércio mundial. Nesta terça-feira, um navio grego foi atingido por um míssil, disparado pelo grupo huthi, enquanto se dirigia ao Canal de Suez. Além disso, aproximadamente 30 navios foram alvo de disparos ou ataques por parte dos rebeldes desde o final de novembro.
O grupo, que é apoiado pelo Irã, tem intensificado os ataques no Mar Vermelho nos últimos meses, especialmente contra navios que suspeitam estar vinculados a Israel. Os rebeldes huthis afirmam agir em solidariedade aos palestinos de Gaza, devido ao conflito entre o Hamas e Israel.
Estes ataques no Mar Vermelho, por onde passa 12% do comércio mundial, levaram os Estados Unidos e o Reino Unido a atacar os rebeldes no Iêmen na sexta (12) e sábado (13). Como resposta, um míssil foi disparado contra um navio de carga dos Estados Unidos, sem causar feridos ou danos significativos.
Diante desse cenário, diversas empresas de navegação têm evitado a área, o que gera custos adicionais e prazos mais longos para os fretes. Além da Shell, a BP, a QatarEnergy e a empresa de transporte marítimo Maersk anunciaram que evitarão o Mar Vermelho.
Os impactos desses ataques vão além das questões comerciais e econômicas, também gerando preocupações com a segurança das tripulações das embarcações e o potencial de um desastre ambiental em caso de vazamento de petróleo.
Dessa forma, a situação no Mar Vermelho permanece tensa e instável, com desdobramentos que afetam diversos setores e requerem a atenção das autoridades e empresas envolvidas.
