Promotor Antimáfia é Assassinado em Guayaquil após Investigar Ataque Armado a Canal de Televisão no Equador

O assassinato de Carlos Suárez, promotor antimáfia equatoriano, chocou o país nesta quarta-feira (17). O crime aconteceu na cidade de Guayaquil, onde o promotor estava investigando o ataque armado ao canal de televisão TC, ocorrido no dia 9 de janeiro. O porta-voz do Ministério Público confirmou a morte do promotor, que foi responsável por determinar qual grupo criminoso estava por trás da invasão do programa ao vivo do canal TC, durante a recente onda de violência no Equador. Imagens da caminhonete de Suárez mostraram vários tiros na janela do motorista, reforçando a brutalidade do crime.

Diana Salazar, procuradora-geral, divulgou um vídeo no qual condenou veementemente o assassinato de seu colega de profissão. Ela assegurou que as autoridades equatorianas não se deixarão intimidar por criminosos, terroristas ou grupos de crime organizado. Uma representante da entidade investigadora afirmou à AFP que Suárez havia sido encarregado de determinar qual grupo criminoso estava por trás da invasão de um programa ao vivo do canal TC, durante a recente crise de violência no país. O assassinato do promotor acontece em meio a uma série de eventos violentos no Equador, incluindo a fuga de Adolfo Macías, um líder de gangue conhecido como “Fito”.

O Equador vive um momento de instabilidade e violência, com gangues criminosas em guerra contra o Estado e entre si. A taxa de homicídios no país tem aumentado de forma alarmante nos últimos anos, saindo de 6 para 46 por 100.000 habitantes. O Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou “conflito armado interno” e classificou as gangues criminosas como “terroristas”, mobilizando milhares de militares em resposta à crescente onda de violência. A situação no país se torna ainda mais preocupante devido ao crescimento do tráfico de drogas para os Estados Unidos e a Europa, com as gangues disputando o controle do território.

A procuradora Salazar denunciou ameaças de morte por parte da Los Lobos, uma das principais organizações criminosas do país. O assassinato do promotor antimáfia ressalta a gravidade da situação no Equador e a necessidade urgente de ações para conter a violência e garantir a segurança da população. Enquanto as autoridades prometem investigar o caso e levar os responsáveis à justiça, a sociedade equatoriana teme pelo futuro do país, diante da escalada de violência e insegurança.

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