O presídio invadido pelos policiais e soldados é o mesmo de onde Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, fugiu há quase duas semanas. Sua fuga intensificou a violência no país. Repórteres da AFP observaram tanques e esquadrões fortemente armados cercando o presídio. Imagens divulgadas pelas Forças Armadas mostram os militares entrando com armas longas e rostos cobertos.
A invasão ocorre no contexto da “Operação Metástase”, que realizou mais de 20.800 operações e deteve 1.975 pessoas, 158 das quais acusadas de “terrorismo”. A procuradora-geral Diana Salazar destacou os vínculos entre gangs e os mais altos níveis de poder. Além disso, indicou ter recebido ameaças de morte por parte de um líder de gangue que fugiu da prisão.
Antes do ataque violento, Salazar revelou os vínculos entre as gangues e os mais altos níveis de poder. A investigação “Metástase” também acusou juízes, políticos, procuradores, policiais, um ex-diretor da autoridade penitenciária, entre outros, de beneficiarem organizações criminosas em troca de dinheiro, ouro, prostitutas, apartamentos e luxos.
A entrada das forças de segurança no presídio de Guayaquil gerou expectativa sobre a resposta que as organizações criminosas poderiam desencadear. A própria Salazar alertou que a operação desencadearia uma escalada da violência. O país, agora, está aguardando a resposta a essa operação.