Bombardeios contra milícia houthi no Iêmen resultam em ordem de saída para americanos e britânicos

Tensões entre os EUA, Reino Unido e o grupo Houthi, no Iêmen, estão aumentando, com novos bombardeios sendo realizados contra as posições da milícia houthi. Neste contexto, o grupo houthi estipulou um prazo de 30 dias para que cidadãos britânicos e americanos deixem o Iêmen e proibiu a contratação de novos profissionais dessas nacionalidades. De acordo com a mensagem enviada pelo Ministério das Relações Exteriores dos houthis ao coordenador humanitário da ONU no Iêmen, Peter Hawkins, o grupo apoiado pelo Irã estipulou essas condições.

O pedido de retirada de pessoas com base em sua nacionalidade foi condenado pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, que afirmou que isso contradiz as normas da organização. Além disso, a medida dificulta a capacidade da ONU para ajudar a população do Iêmen.

Os ataques aos navios comerciais no Mar Vermelho têm preocupado as empresas de navegação, que relatam a elevação dos preços cobrados das embarcações e a interrupção de operações. Com 12% das exportações globais passando pelo Mar Vermelho, o tráfego de cargueiros tem sido o mais afetado.

Em dezembro, os EUA lançaram, juntamente com outras 11 nações, uma coalizão naval para tentar proteger os navios comerciais na área. Além disso, passaram a realizar ataques aéreos contra posições houthis no Iêmen, na tentativa de conter os ataques.

Os resultados dos bombardeios não são claros, e as ameaças aos navios continuam. A Marinha dos EUA interceptou uma tentativa de ataque contra dois navios da empresa Maersk na quarta-feira e, na mesma data, foi noticiada uma explosão perto de uma embarcação comercial que navegava pelas águas do Iêmen.

Diante disso, os EUA buscam abordar a questão diplomaticamente, com pressão ao Irã e tentativas de obter apoio da China para conter os houthis. No entanto, ainda não há sinais de que a China planeje algo além de notas de “preocupação” com a situação, mesmo com a crise afetando os EUA e parceiros.

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