As mensagens de WhatsApp indicam que os pedidos de informações envolviam dados sobre as investigações contra Jair Bolsonaro e seus filhos. O relatório da PF aponta que as comunicações entre Carlos Bolsonaro e Ramagem eram feitas por meio de seus respectivos assessores. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as buscas e apreensões, argumenta que as provas obtidas até o momento demonstram a existência de uma “organização criminosa” para realizar ações clandestinas na Abin.
O ministro também autorizou buscas contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro. De acordo com o processo, Ramagem, policiais e delegados da PF que estavam cedidos para a Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades públicas. Esse esquema é conhecido como “Abin paralela”.
Até o momento, a defesa de Carlos Bolsonaro não se pronunciou sobre as acusações. No entanto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do vereador, utilizou as redes sociais para classificar a operação como “ato ilegal” e “imoral”. O caso continua em desenvolvimento e a Agência Brasil busca informações adicionais sobre o caso. É um momento delicado para a família Bolsonaro, já que a operação da PF levanta sérias suspeitas de envolvimento em irregularidades. A população aguarda por mais informações sobre esse caso que tem potencial para gerar grandes repercussões políticas e legais.