Mark Holland, ministro da Saúde, se pronunciou sobre o tema, enfatizando que o sistema ainda não está pronto para essa ampliação e que é necessário mais tempo para sua aplicação. Ele também destacou que nos próximos dias serão apresentadas normas que irão adiar mais uma vez a implementação dessa medida, mas não entrou em detalhes sobre o prazo exato dessa prorrogação.
Holland ressaltou que, “O sofrimento mental e o sofrimento físico têm equivalência. A questão é o grau de disposição do paciente”, enfatizando a importância de fazer tudo da maneira correta e de tomar o tempo necessário para garantir a segurança dos envolvidos.
Na segunda-feira, o Comitê Misto Especial sobre Assistência Médica para Morrer afirmou em um relatório que muitos profissionais ainda estão preocupados com questões como a distinção entre os pedidos de eutanásia e os de suicídio, bem como em proteger os mais vulneráveis da sociedade. Além disso, foi informado que apenas cerca de 2% dos 5.000 psiquiatras canadenses receberam a formação necessária para lidar com casos de eutanásia.
Desde a aprovação da lei em 2016, quase 45.000 canadenses receberam assistência médica para morrer. No entanto, o país ainda trabalha para implementar as salvaguardas adequadas para expandir a eutanásia para pacientes com doenças mentais. Atualmente, poucos países e jurisdições, principalmente na Europa, permitem o suicídio assistido por médicos.
Essa decisão levanta questões importantes sobre a preparação dos profissionais de saúde e a segurança dos pacientes, trazendo à tona um debate sobre a eutanásia em casos de doenças mentais no Canadá.