A empresa global de entretenimento não se conformou com a decisão e alegou que o governador agiu por retaliação, afirmando que tal atitude colocava em risco seu futuro econômico no estado, onde emprega mais de 75 mil pessoas. A acusação baseava-se em ações de “vingança governamental” por parte de DeSantis.
Entretanto, o juiz Allen Winsor considerou que a Disney carece de um “fundamento jurídico” para levar o caso à Justiça, rejeitando assim o processo movido pela empresa. Tanto o governador quanto membros da junta designada por ele para assumir o controle do terreno da Disney foram citados no processo.
A disputa entre a Disney e DeSantis começou em 2022, quando a empresa manifestou seu descontentamento com uma lei promovida pelo governador que proibia o ensino de questões relacionadas à sexualidade e identidade de gênero nas escolas. A crítica da Disney à essa medida teria provocado a retaliação de DeSantis, que retirou a gestão local do terreno concedido à Disney nos anos 1960 para que a empresa administrasse seu parque de diversões.
A decisão do juiz trouxe desapontamento para a Disney, que pretendia contestar na Justiça a ação do governador da Flórida. Por outro lado, DeSantis sai vitorioso dessa batalha judicial, ao menos por enquanto. A disputa entre a gigante do entretenimento e o governador republicano ainda pode render muitos capítulos, mas por ora, a Justiça indeferiu a ação movida pela Disney contra DeSantis e seus associados.
Apesar da decisão de primeiro grau, a empresa ainda poderá recorrer da decisão, podendo prolongar a briga judicial pela gestão do terreno onde está localizado seu parque de diversões na Flórida. O embate de interesses políticos e econômicos entre a Disney e o governo do estado promete continuar atraindo a atenção do público e gerando polêmica.