Agricultores em protesto jogam ovos e pedras no Parlamento Europeu em Bruxelas e exigem mais ajuda da União Europeia.

Agricultores Europeus Protestam no Parlamento em Bruxelas

Nesta quinta-feira, agricultores de diversos países europeus se uniram para protestar em Bruxelas, exigindo mais ajuda dos líderes da União Europeia para lidar com os crescentes impostos e custos que vêm enfrentando. O ato contou com o lançamento de ovos e pedras no Parlamento Europeu, incêndios próximos ao prédio e fogos de artifício. A raiva dos agricultores é direcionada principalmente contra as regulamentações verdes e as importações baratas que prejudicam a produção local.

Os manifestantes presentes no ato em Bruxelas representavam agricultores da Itália, Espanha e outros países europeus, todos compartilhando a insatisfação com a situação enfrentada. Os protestos ocorreram no mesmo período de uma cúpula da UE, que coincidiu com os atos, demonstrando a magnitude das tensões enfrentadas pelos agricultores.

Em meio aos protestos, José Maria Castilla, representante do sindicato espanhol de agricultores Asaja, criticou as leis da Comissão Europeia, descrevendo-as como “malucas” e expressando o desejo de que sejam revogadas.

A agitação dos agricultores traz à tona questões importantes sobre o esforço da UE para combater as mudanças climáticas, além de expor a tensão política envolvida, uma vez que a extrema-direita tem demonstrado ganhos nas eleições para o Parlamento Europeu.

Diante do cenário de tensão, o primeiro-ministro francês Gabriel Attal anunciou novas medidas em Paris, prometendo facilitar a vida dos agricultores e protegê-los melhor tanto em nível nacional quanto europeu. Ele também garantiu mais ajuda para o setor agrícola.

Apesar das promessas de medidas por parte da Comissão Executiva da UE e dos líderes europeus, os agricultores ressaltam que as medidas propostas não são suficientes para lidar com a situação enfrentada. Eles se queixam de impostos e regulamentações excessivas e apontam a concorrência desleal do exterior.

Mesmo não estando oficialmente na agenda da cúpula da UE, a situação dos agricultores foi mencionada por um diplomata da UE, indicando que a questão está sendo discutida. Os protestos contaram com confrontos com a polícia, que utilizou gás lacrimogêneo e mangueiras d’água para dispersar os manifestantes.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, se posicionaram contra um acordo comercial com o Mercosul em sua forma atual, atendendo a outra demanda dos agricultores. Os protestos dos agricultores europeus evidenciam as tensões vivenciadas pelo setor e a necessidade de ações efetivas por parte dos líderes da União Europeia.

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