“O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada”, diz a nota do MEC.
Apesar do transtorno, o MEC afirma que o sistema é seguro e que os resultados oficiais não serão modificados. Os candidatos não selecionados na chamada regular ainda podem entrar na lista de espera até o dia 7 de fevereiro.
A divulgação indevida impactou de forma negativa diversos estudantes pelo país, que chegaram a ver seus nomes na lista de aprovados para vagas nas universidades e instituições públicas de ensino superior. No entanto, ao ocorrer a divulgação oficial dos resultados, muitos desses nomes não constavam mais na lista de selecionados da primeira chamada.
Isso gerou relatos de frustração e ansiedade por parte dos estudantes, que viram seus sonhos aparentemente se desfazerem em questão de minutos. Alguns chegaram a classificar a situação como o fim de um sonho e alegaram ter tido suas vidas jogadas no lixo.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) criou uma página para receber as queixas e mapear o número de casos. Em uma hora, a entidade já havia recebido 50 relatos, e pretende pedir esclarecimentos ao MEC e tomar providências futuras, inclusive judiciais.
O Sisu é um sistema eletrônico gerido pelo MEC que seleciona os estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, mais de 2 milhões de estudantes disputam 264.360 vagas, distribuídas em 6.827 cursos de graduação entre as 127 instituições de educação superior participantes do programa.
Os selecionados na primeira chamada podem iniciar o processo de matrícula a partir desta sexta-feira (2).
É importante ressaltar que o ministério não deve alterar os resultados oficiais e que os estudantes que não foram selecionados na primeira chamada ainda têm a oportunidade de ingressar na lista de espera até o dia 7 de fevereiro.