Porta-voz da Casa Branca critica entrevista de Tucker Carlson com Vladimir Putin na Rússia como tentativa de justificar guerra na Ucrânia.

A polêmica entrevista de Tucker Carlson a Vladimir Putin, presidente russo, desencadeou uma série de críticas por parte da Casa Branca. O jornalista conservador, antes vinculado à Fox News e aliado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recentemente viajou para a Rússia para realizar a primeira entrevista de Putin a um jornalista ocidental desde a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022.

A reação da administração americana não tardou a chegar. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que Putin não deveria ter outro porta-voz para justificar suas ações na Ucrânia. Ele ainda desqualificou a necessidade de uma nova entrevista com Putin para compreender o que ele chamou de “brutalidade” do presidente russo.

A entrevista, realizada por Carlson, está envolta em mistérios quanto à sua data de transmissão, mas o jornalista assegurou que será gratuita. Esse acesso privilegiado de Carlson a Putin é contrastante com as restrições impostas a outros jornalistas estrangeiros na Rússia, onde atualmente estão detidos dois cidadãos americanos: Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, e Alsu Kurmasheva, da Radio Free Europe.

Paralelamente, a entrevista ocorre em um momento em que a ajuda americana à Ucrânia foi esgotada devido à oposição republicana no Congresso dos EUA. A Casa Branca tem pressionado para a renovação da assistência militar ao país europeu, que enfrenta constantes conflitos com as forças russas na região leste do país.

A polêmica em torno da entrevista de Carlson a Putin ganhou destaque nos meios de comunicação e, segundo informações, a transmissão está prevista para os próximos dias. O acesso do jornalista americano ao líder russo levantou questionamentos sobre seus objetivos e a permissividade russa, em comparação com a restrição a outros profissionais de imprensa estrangeiros no país. A entrevista vem em meio a um contexto de tensões e rivalidades políticas entre Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, transmitindo repercussões e dúvidas quanto aos verdadeiros interesses por trás desse encontro.

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