O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a PF apreenda o passaporte de Bolsonaro no âmbito da operação. Além disso, ordens de prisão foram expedidas contra assessores diretos do ex-presidente, incluindo militares.
A operação foi deflagrada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar um acordo de colaboração premiada com os investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República e já recebeu a homologação pelo STF.
No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Também estão em vigor 48 medidas cautelares ordenadas por Moraes, incluindo a proibição de os investigados manterem contato ou se ausentarem do país. O prazo para entrega de passaportes é de 24 horas.
As medidas judiciais estão sendo cumpridas em diversos estados, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.
De acordo com a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o objetivo de viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
A defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Fabio Wajngarten, afirmou que o ex-presidente entregará o passaporte às autoridades competentes, cumprindo as decisões do dia. Além disso, determinou que seu auxiliar direto, que também foi alvo da mesma decisão, retorne para sua casa em Brasília, atendendo à ordem de não manter contato com os demais investigados.