Operação Tempus Veritatis mira militares e antigos ministros de Bolsonaro por tentativa de golpe em janeiro de 2022.

Nesta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a Operação Tempus Veritatis, que investiga militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua suposta ligação com uma tentativa de golpe de Estado. Lula expressou sua esperança de que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que financiaram os acampamentos que levaram à tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2022.

O ex-presidente afirmou que é difícil para um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de Justiça, mas que espera que não ocorra nenhum excesso e que seja aplicado o rigor da lei. Ele ressaltou a importância de descobrir quem financiou os acampamentos e afirmou que irá esperar pelas investigações.

A operação, que teve início nessa quinta-feira, cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, incluindo a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, e o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Além disso, a operação também teve como alvos alguns oficiais da reserva e da ativa, assim como ex-ministros e figuras públicas. As medidas judiciais estão sendo cumpridas em nove estados do Brasil, além do Distrito Federal, e contam com o acompanhamento do Exército Brasileiro em alguns mandados.

É importante ressaltar que, apesar de Lula não ter expressado nenhuma acusação direta, suas declarações refletem a tensão política e a polarização no cenário brasileiro. As investigações em curso visam esclarecer a possível participação de militares e figuras políticas em uma tentativa de desestabilização institucional, o que acarretaria em graves consequências para a jovem democracia brasileira.

Com a confirmação dos alvos e o desenrolar dos fatos, Lula e seu administrador de políticas públicas vão monitorar o desdobramento das investigações e seus impactos no âmbito político e social do país. A relação entre as Forças Armadas e o governo civil também será monitorada de perto, uma vez que a operação tem como alvo militares que integraram o governo passado. Como sempre, a tentativa de golpe e a resposta do país às ameaças à sua democracia permanecem como questões centrais na agenda nacional.

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