Mais de 300 tratores já estavam estacionados há vários dias na entrada da capital italiana, aguardando autorização de acesso ao centro da cidade. Os agricultores esperam se reunir com representantes do governo, liderado pela primeira-ministra de extrema direita, Giorgia Meloni, para apresentar suas demandas. Entre as reivindicações, estão a revisão das normas ambientais europeias e a redução de impostos.
De acordo com Elia Fornai, agricultora de 26 anos da região da Toscana, as políticas da União Europeia têm causado grandes dificuldades para os agricultores italianos. Ela destaca que o objetivo das manifestações é obter resultados concretos para a classe agricultora.
A agricultura na Itália está enfrentando desafios semelhantes aos de outros países europeus, com os pecuaristas italianos se opondo às regras da UE e à concorrência desleal de países como Canadá e Ucrânia. Além disso, há demandas pela eliminação dos impostos sobre os combustíveis agrícolas e pela melhoria na remuneração da classe.
É importante ressaltar que a Itália também é uma das principais beneficiárias do plano europeu de recuperação pós-pandemia da COVID-19. Recentemente, o país obteve um aumento na ajuda destinada à sua agricultura, passando de cinco bilhões para oito bilhões de euros.
Os protestos e manifestações dos agricultores italianos fazem parte de uma onda de mobilizações do setor agrícola que tem ganhado força na Europa nas últimas semanas. A expectativa é de que o governo italiano atenda às demandas da classe e estabeleça políticas que possam garantir um futuro mais sustentável e favorável para os agricultores do país.
