Facilidades e falhas na segurança: Ministro da Justiça relata dinâmica da fuga de presos da Penitenciária Federal de Mossoró

A fuga espetacular de dois criminosos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, está sendo alvo de uma intensa investigação das autoridades responsáveis pela segurança pública. Durante a fuga, os criminosos encontraram uma série de facilidades que tornaram possível sua saída do presídio. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, as falhas no sistema de segurança da penitenciária facilitaram a fuga dos detentos.

Parte das câmeras de vigilância não estava funcionando adequadamente, e algumas luzes estavam apagadas no momento da fuga, relatou Lewandowski. Os criminosos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, escaparam do presídio após escalar uma luminária e acessarem o setor onde era feita a manutenção do presídio. Lá, pegaram ferramentas que estavam sendo utilizadas em uma obra de manutenção na penitenciária. Usando um alicate recolhido na obra, cortaram o alambrado de proteção, saindo do presídio.

Além disso, o ministro apontou diversas falhas na construção do presídio, tornando a fuga ainda mais possível. Por exemplo, falhas na proteção do local reformado e operários dentro da unidade, ferramentas que não estavam devidamente guardadas. Lewandowski relatou que há 300 agentes atuando na busca pelos detentos, e que a principal hipótese é que eles estejam em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária.

A fuga espetacular não envolveu a chegada de veículos para resgatar os prisioneiros, e também não foram identificados furtos ou roubos de veículos na região. O ministro relatou que uma casa nas proximidades da penitenciária foi invadida, indicando que os foragidos podem estar em busca de sobrevivência.

A fuga dos criminosos é inédita na história das penitenciárias federais, levando à substituição da direção da penitenciária e à intervenção para comandar a unidade. O secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, admitiu falhas na implementação dos protocolos de segurança, enfatizando que tais eventos não ocorreriam se os protocolos fossem seguidos rigorosamente.

As autoridades também apontaram que os foragidos estariam ligados ao Comando Vermelho, embora, a princípio, não haja ligação com o líder da facção criminosa, Fernandinho Beira-mar, que está preso na mesma penitenciária. Ainda assim, a fuga espetacular permanece alvo de intensa investigação pelas autoridades responsáveis pela segurança pública.

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