Lula se reúne com primeiro-ministro da AP para discutir guerra entre Israel e Hamas na África.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, teve atitudes contraditórias diante do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Desde o início da guerra, Lula não condena de forma veemente as ações do grupo terrorista, sempre manifestando repúdio aos ataques realizados pelo Hamas. O comportamento do presidente brasileiro diante do conflito israelense-palestino tem gerado controvérsias e críticas de diversos setores da sociedade.

No dia 17 deste mês, Lula se reuniu com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, durante a cúpula anual da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia, para discutir a situação do conflito em Gaza.

Além disso, em mais de quatro meses de guerra, o presidente e membros de seu governo fizeram repetidas declarações que não foram veementes em condenar o terrorismo do Hamas. O que despertou críticas, especialmente da comunidade judaica brasileira.

Um dos momentos que gerou polêmica foi a relutância do Partido dos Trabalhadores (PT) em classificar as ações do Hamas como terroristas. Na época, petistas optaram por priorizar a manifestação de preocupações com “a escalada de violência envolvendo palestinos e israelenses” e a reforçar a defesa da política de “dois Estados, duas nações”.

As declarações do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também geraram controvérsias. Pimenta afirmou que o Hamas precisa ser responsabilizado pelos ataques terroristas a Israel, mas relativizou ao ponderar que o Exército Republicano Irlandês (IRA), assim como Nelson Mandela, que viria a ser presidente da África do Sul, também foram acusados de terrorismo.

Outra postura que gera polêmica é a posição de Lula diante do conflito. Em várias ocasiões, o presidente condenou os ataques do Hamas, porém, em contrapartida, se referiu à reação israelense como “insanidade” e genocídio. Em entrevista à Al Jazeera, Lula reconheceu os ataques que deixaram mais de 1.200 pessoas mortas em Israel como terroristas, mas afirmou que a resposta israelense era “ainda mais séria”.

A afirmação do presidente brasileiro sobre o conflito israelense-palestino tem gerado controvérsias e críticas, especialmente por parte da Confederação Israelita do Brasil (Conib), que repudiou a comparação feita por Lula, chamando as declarações de “acusações falsas”.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo