Os números do estudo, divulgados inicialmente pelo jornal Ámbito Financiero, revelam que 57,4% da população argentina vive abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas. O diretor do observatório responsável pelo estudo, Agustín Salvia, esclareceu que os dados são “uma simulação estatística” a partir de informações do terceiro trimestre de 2023 e que acredita que eles não estão muito distantes da realidade.
Segundo o estudo, em janeiro, a miséria atingiu quase 15% da população, o que corresponde a quase 7 milhões de pessoas. Esses números representam um significativo aumento, se comparados com os dados de final de 2023, que apontavam 49% de pobreza e 14% de miséria.
Os números alarmantes são resultado do primeiro mês completo do governo de Milei e estão relacionados a um severo ajuste fiscal empreendido pelo Executivo. O índice de pobreza revelado pela UCA é o mais alto dos últimos 22 anos e representa um aumento significativo em comparação com os anos anteriores.
O diretor do observatório alertou que se a inflação não diminuir, o país enfrentará uma verdadeira catástrofe social. A inflação na Argentina fechou em 20,6% em janeiro e acumula um total de 254,2% nos últimos 12 meses, um número alarmante que preocupa a população e os especialistas.
Os problemas financeiros estão afetando diretamente a qualidade de vida dos argentinos e gerando instabilidade social. A desvalorização do peso, a liberalização dos preços e os aumentos nas tarifas são alguns dos fatores que têm contribuído para a crise econômica enfrentada pelo país.
Em resumo, a situação econômica e social da Argentina é preocupante, e medidas urgentes precisam ser tomadas para combater a pobreza extrema que aflige milhões de pessoas no país. O governo tem um desafio pela frente para estabilizar a economia e garantir o bem-estar da população.