Presidente da Argentina acusa a “casta” política pela pobreza de 57% da população, considerando estudo acadêmico e declaração polêmica.

O presidente da Argentina, Javier Milei, fez duras críticas à classe política de seu país, alegando que ela é responsável por contribuir para a pobreza que atinge 57% da população, segundo dados de um estudo acadêmico. O presidente ultraliberal expressou seu descontentamento em uma publicação na rede social X, afirmando que “a verdadeira herança do modelo da casta” é a pobreza extrema que acomete milhões de argentinos.

Os números do estudo, divulgados inicialmente pelo jornal Ámbito Financiero, revelam que 57,4% da população argentina vive abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas. O diretor do observatório responsável pelo estudo, Agustín Salvia, esclareceu que os dados são “uma simulação estatística” a partir de informações do terceiro trimestre de 2023 e que acredita que eles não estão muito distantes da realidade.

Segundo o estudo, em janeiro, a miséria atingiu quase 15% da população, o que corresponde a quase 7 milhões de pessoas. Esses números representam um significativo aumento, se comparados com os dados de final de 2023, que apontavam 49% de pobreza e 14% de miséria.

Os números alarmantes são resultado do primeiro mês completo do governo de Milei e estão relacionados a um severo ajuste fiscal empreendido pelo Executivo. O índice de pobreza revelado pela UCA é o mais alto dos últimos 22 anos e representa um aumento significativo em comparação com os anos anteriores.

O diretor do observatório alertou que se a inflação não diminuir, o país enfrentará uma verdadeira catástrofe social. A inflação na Argentina fechou em 20,6% em janeiro e acumula um total de 254,2% nos últimos 12 meses, um número alarmante que preocupa a população e os especialistas.

Os problemas financeiros estão afetando diretamente a qualidade de vida dos argentinos e gerando instabilidade social. A desvalorização do peso, a liberalização dos preços e os aumentos nas tarifas são alguns dos fatores que têm contribuído para a crise econômica enfrentada pelo país.

Em resumo, a situação econômica e social da Argentina é preocupante, e medidas urgentes precisam ser tomadas para combater a pobreza extrema que aflige milhões de pessoas no país. O governo tem um desafio pela frente para estabilizar a economia e garantir o bem-estar da população.

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