Ministro ucraniano alerta: bloqueio da fronteira por protesto polonês é ameaça à segurança do país

O ministro ucraniano das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, emitiu um comunicado nesta segunda-feira (19) alertando sobre os riscos que o bloqueio da fronteira por um protesto de agricultores poloneses representa para a segurança do país.

A manifestação dos caminhoneiros e agricultores poloneses tem como objetivo impedir a entrada de caminhões de carga ucranianos, alegando que os preços reduzidos oferecidos pelos produtores da Ucrânia representam uma concorrência desleal.

Em seu comunicado publicado no Facebook, o ministro Kubrakov afirmou: “Bloquear a fronteira é uma ameaça direta à segurança de um país que está se defendendo. Este tipo de ação tem um impacto negativo na nossa luta contra o inimigo comum chamado Rússia.” Ele também acrescentou que a situação está afetando todas as exportações e que a crise é considerada crítica.

Segundo o ministro, os bloqueios dos postos de controle do lado polonês da fronteira já atingem seis locais. Além disso, Michal Derus, porta-voz da Câmara de Administração Tributária de Lublin, afirmou que quase 600 caminhões aguardam para sair da Polônia na passagem de fronteira de Dorohusk, com um tempo de espera calculado em 232 horas.

Kubrakov destacou também que a manifestação tem impactado o retorno de mulheres, crianças e refugiados de guerra para suas casas, ressaltando que eles não podem se tornar reféns de interesses comerciais.

Os agricultores poloneses estão bloqueando diversos postos de fronteira, e a tensão deve aumentar na terça-feira, quando está previsto um protesto para fechar todas as passagens. A crise provocada pela proibição unilateral de importação de grãos ucranianos por parte da Polônia também abalou as relações diplomáticas entre os países.

A União Europeia suspendeu a necessidade de autorizações de entrada para caminhoneiros ucranianos como um gesto de solidariedade com Kiev, mas os transportadores poloneses agora desejam que a UE restabeleça as restrições de entrada aos países do bloco.

Diante desse cenário, a expectativa é que as autoridades polonesas ajam para resolver o impasse e evitar maiores problemas na região. No entanto, a situação deve continuar sendo acompanhada de perto nas próximas semanas.

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