União Europeia anuncia missão naval para proteger navegação em meio a ataques de rebeldes no Mar Vermelho.

Ataques de Rebeldes Huthis ameaçam navegação marítima global

Os rebeldes huthis do Iêmen, que controlam grandes áreas do território iemenita em apoio ao Irã, voltaram a atacar navios comerciais na segunda-feira (19). A atitude agressiva dos insurgentes resultou em uma queda de receitas entre 40% e 50% no Canal de Suez, segundo o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.

Os huthis alegam que seus ataques são uma forma de solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, em resposta à guerra sangrenta entre Israel e o movimento islamista Hamas. Os rebeldes vêm atuando desde novembro na rota crucial do Mar Vermelho, que é essencial para o transporte marítimo global. Os prejuízos causados por esses ataques vão além das perdas materiais, afetando diretamente a economia mundial.

Além disso, os huthis reivindicaram a derrubada de um avião americano MQ-9, embora Washington ainda não tenha confirmado a informação. Também houve relatos de ataques contra navios de bandeira britânica e grega, além de um cargueiro com bandeira de Belize, matrícula do Reino Unido e operado pelo Líbano.

Para garantir a segurança da navegação na região, os Estados Unidos lançaram uma força multinacional para proteger o Mar Vermelho em dezembro. Em resposta aos ataques dos huthis, a União Europeia anunciou o lançamento de sua própria missão naval, que terá duração de um ano e poderá ser prorrogada. A missão foi formalizada nesta segunda-feira e contará com a participação de países como Bélgica, Itália, Alemanha e França. A Espanha, no entanto, decidiu não participar da iniciativa.

A situação continua a gerar tensão, e o ministro de Energia do Catar, Saad al Kaabi, pediu um cessar-fogo em Gaza para encerrar a insegurança no Mar Vermelho.

É evidente a necessidade de ações para conter os ataques dos rebeldes huthis e garantir a segurança dos navios que utilizam o Mar Vermelho como rota de transporte marítimo. A União Europeia se une aos Estados Unidos nesse esforço, mas ainda é incerto o desfecho dessa situação que tem afligido a comunidade internacional e colocado em risco a economia global.

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