A partir da divulgação destas prioridades, os países vão debatê-las e poderão apresentar políticas relacionadas ao tema. Durante o ano, uma declaração será construída pelas lideranças do GT e deverá marcar o compromisso dos ministros do Trabalho, Empregos e Seguridade Social do grupo do G20. Em seguida, essa declaração será apresentada aos chefes de estado na cúpula final, em novembro.
A subchefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Maíra Lacerda, afirmou que o GT sobre Emprego do G20 vai priorizar o modelo de desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás. Segundo ela, a presidência do Brasil tem a intenção de entregar propostas e realizações, além de construir, finalmente, depois de dois anos, uma declaração de ministros em torno de algumas questões de impasses geopolíticos, neste ano.
Entre as principais entregas concretas para este ano, o Brasil planeja criar um repositório de políticas de proteção social dos trabalhadores, apoiar a Coalizão Global da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pela Justiça Social, incentivar os países a aderirem à Coalizão Internacional pela Igualdade de Pagamento, e efetivar e restaurar o subgrupo de trabalho do G20 sobre desigualdades e ganho do trabalho.
Maíra Lacerda também destacou que os temas discutidos foram bem recebidos pelos países, e que iniciativas do governo brasileiro em curso, como o combate ao trabalho análogo à escravidão, a erradicação do trabalho infantil e a promoção da equidade entre mulheres e homens no trabalho, foram destacadas aos participantes.
A primeira reunião presencial do sobre Emprego do G20 está agendada para 28 e 29 de março e será dedicada aos debates sobre igualdade de gênero e a promoção da diversidade no mundo do trabalho, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Na ocasião, o Ministério das Mulheres pretende lançar o primeiro relatório de transparência depois que a Lei da Igualdade Salarial foi sancionada em julho de 2023.