Julian Assange tem última chance de impedir extradição para os EUA em batalha legal de 13 anos

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, está enfrentando custos legais elevados para evitar uma extradição iminente dos Estados Unidos. Embora ele tenha passado mais de 13 anos lutando contra as autoridades britânicas nos tribunais, essa batalha pode estar chegando ao fim. Os promotores norte-americanos estão tentando levar Assange a julgamento por 18 acusações relacionadas à divulgação de documentos militares e telegramas diplomáticos pelos EUA.

Este caso tem gerado reações mistas. Enquanto os promotores norte-americanos afirmam que os vazamentos de Assange puseram em risco a vida de agentes dos EUA, os apoiadores de Assange o consideram um herói anti-estabelecimento, um jornalista corajoso que expôs as irregularidades dos EUA e que está sendo perseguido.

Na Alta Corte de Londres, uma multidão grande e barulhenta se reuniu, pedindo que Assange não seja extraditado. A esposa de Assange, Stella, dirigiu-se à multidão, pedindo por apoio e expressando sua preocupação com a situação. É um momento crucial para Assange, que enfrenta a possível extradição após passar anos na embaixada do Equador e em uma prisão de segurança máxima em Londres.

O Reino Unido aprovou sua extradição para os EUA em 2022, após uma juíza inicialmente bloquear a extradição por preocupações com sua saúde mental e o risco de suicídio. Agora, seus advogados estão tentando anular essa aprovação em uma audiência de dois dias diante de dois juízes, o que pode ser sua última chance de evitar a extradição nos tribunais ingleses.

Caso Assange vença, será realizada uma audiência de apelação completa para considerar novamente sua contestação. Se ele perder, sua única opção restante será a Corte Europeia de Direitos Humanos. Seus apoiadores incluem a Anistia Internacional, grupos de mídia que trabalharam com o WikiLeaks e políticos australianos, incluindo o primeiro-ministro Anthony Albanese.

O caso também levanta questões sobre a liberdade de expressão. O WikiLeaks ganhou destaque em 2010, quando publicou um vídeo militar mostrando um ataque em Bagdá que matou civis e jornalistas. O site também divulgou milhares de arquivos secretos e telegramas diplomáticos, revelando avaliações críticas dos EUA sobre líderes mundiais.

Esta é uma situação complicada e de grande importância para a liberdade de expressão e a transparência governamental, atraindo a atenção do mundo para a decisão que será tomada nos tribunais. A repercussão deste caso será sentida além das fronteiras do Reino Unido e dos EUA, influenciando debates sobre liberdade de imprensa e proteção de fontes confidenciais. Com tantos interesses em jogo, a decisão dos tribunais será aguardada com grande expectativa.

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