Essa decisão do ministro Moraes vem após ele já ter rejeitado um pedido da defesa de Bolsonaro para adiar a oitiva, alegando que os advogados do ex-presidente não haviam tido acesso integral ao processo. No entanto, o magistrado rebateu esse argumento, afirmando que a defesa teve acesso a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos, não havendo motivos para adiar o depoimento.
A Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há quase duas semanas, tem Jair Bolsonaro como um dos alvos. Ele teve seu passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os outros investigados. A PF suspeita que o grupo investigado esteja tentando “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.
O pedido da defesa de Bolsonaro negado por Moraes não trouxe novos argumentos, segundo o ministro. Ele afirmou que a defesa tinha conhecimento da jurisprudência pacificada em relação à colaboração premiada e insistiu nos mesmos argumentos já rejeitados em uma decisão anterior.
Com essa negativa do ministro do STF, Jair Bolsonaro permanece obrigado a comparecer à Polícia Federal para o interrogatório marcado para quinta-feira. Esse é mais um desenvolvimento em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, que continua a gerar repercussões políticas e judiciais no país.