Ministro do STF nega pedido de dispensa de Bolsonaro para interrogatório sobre suposta organização criminosa e golpe de Estado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, nesta terça-feira (20), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele fosse dispensado de comparecer à Polícia Federal (PF) em um interrogatório marcado para a próxima quinta-feira (22). Esse interrogatório faz parte do caso que apura a formação de uma suposta organização criminosa para elaborar um golpe de Estado.

Essa decisão do ministro Moraes vem após ele já ter rejeitado um pedido da defesa de Bolsonaro para adiar a oitiva, alegando que os advogados do ex-presidente não haviam tido acesso integral ao processo. No entanto, o magistrado rebateu esse argumento, afirmando que a defesa teve acesso a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos, não havendo motivos para adiar o depoimento.

A Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há quase duas semanas, tem Jair Bolsonaro como um dos alvos. Ele teve seu passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os outros investigados. A PF suspeita que o grupo investigado esteja tentando “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.

O pedido da defesa de Bolsonaro negado por Moraes não trouxe novos argumentos, segundo o ministro. Ele afirmou que a defesa tinha conhecimento da jurisprudência pacificada em relação à colaboração premiada e insistiu nos mesmos argumentos já rejeitados em uma decisão anterior.

Com essa negativa do ministro do STF, Jair Bolsonaro permanece obrigado a comparecer à Polícia Federal para o interrogatório marcado para quinta-feira. Esse é mais um desenvolvimento em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, que continua a gerar repercussões políticas e judiciais no país.

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