O subsecretário do Interior do Chile, Manuel Monsalve, anunciou nesta quarta-feira que o governo solicitou um alerta internacional à Interpol e reforçou a guarda nas fronteiras após o sequestro de um ex-militar venezuelano no país. As autoridades chilenas reagiram rapidamente ao incidente, pedindo assistência internacional para resolver o caso e garantir a segurança do ex-militar.
O ex-militar, identificado como Ronald Ojeda, foi sequestrado em seu apartamento no 14º andar, na comuna de Independencia, na Zona Norte de Santiago. Imagens obtidas por um canal de televisão local mostram o momento do sequestro, com Ojeda cercado por um grupo de homens armados, vestidos de preto e com o rosto coberto.
Horas após o sequestro, um carro suspeito, relacionado ao crime, foi encontrado na comuna de Renca com um colete e capacete à prova de balas, supostamente da Polícia de Investigação (PDI). As autoridades estão investigando o caso com cautela, pois a informação sobre a situação de Ojeda, incluindo sua condição de refugiado político e o tempo que estava no Chile, não foi divulgada.
As autoridades chilenas enfatizaram que a investigação é sigilosa e estão considerando todas as possíveis hipóteses para o sequestro, incluindo a possibilidade de que o governo venezuelano esteja envolvido na operação. O ex-comissário de segurança venezuelano Iván Simonovis, membro da oposição ao governo Maduro, sugeriu que o sequestro pode ter sido orquestrado pela Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) da Venezuela.
Enquanto isso, o governo chileno reforçou o controle das fronteiras, solicitando assistência das agências de segurança locais, como os Carabineros e a Polícia de Investigação (PDI). Além disso, o Ministério da Defesa solicitou um reforço nos controles ao longo da fronteira, envolvendo o policiamento marítimo, a aviação civil e as Forças Armadas.
O caso também chamou a atenção da comunidade internacional, com o partido de oposição venezuelano Voluntad Popular alertando sobre a possibilidade de envolvimento do governo Maduro no sequestro. O senador chileno Francisco Chahuán, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, afirmou que o caso é delicado e exige uma investigação rigorosa.
Com a continuidade da investigação, as autoridades estão priorizando a proteção da integridade física de Ojeda e sua família, garantindo a confidencialidade da investigação e o controle reforçado nas fronteiras. Com isso, o governo chileno espera resolver o caso rapidamente e garantir a segurança dos cidadãos.
