Segundo a Agência Tatu, até a sétima semana epidemiológica deste ano, o país já possui mais de um terço, 39%, dos casos de dengue registrados em todo o ano de 2023, que totalizou 1.658.816.
Dados do Ministério da Saúde apontam que quatro Unidades Federativas – Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Acre – já decretaram situação de emergência devido ao alto número de casos de dengue. O Distrito Federal, em particular, é a UF com o maior coeficiente de incidência, com 2814,5 a cada 100 mil habitantes.
Em relação à região Nordeste, seis estados ocupam as últimas posições no ranking por coeficiente de incidência: Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Maranhão. Estes estados têm os menores índices de incidência de casos prováveis de dengue.
Mesmo com os números reduzidos em comparação com as outras regiões, ainda é fundamental reforçar a prevenção da dengue e o cuidado para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O médico infectologista Renée Oliveira destaca que a prevenção contra a dengue está amparada em três fatores principais: vacinação, utilização de repelentes e eliminação de água parada.
O especialista ressalta que a vacinação, quando disponível, é importante, mas o uso de repelentes e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito são igualmente fundamentais. Ele ainda alerta que o mosquito já não requer água limpa e parada para se reproduzir, adaptando-se a qualquer local com acúmulo de água.
Portanto, é necessário um cuidado redobrado dentro e fora de casa, evitando deixar caixas d’água destampadas, observando calhas sujas, ralos, banheiros, recipientes com água e até mesmo acúmulo de água nos lixos.
Diante deste cenário, é crucial que as autoridades e a população se unam para intensificar as ações de prevenção e controle da dengue, a fim de conter a propagação da doença e evitar danos à saúde da população.