O senador alegou que sua saída do colegiado aconteceu devido à disputa política dentro do Senado. Ele afirmou que, em sua visão, a escolha do senador Rogério Carvalho (PT-SE) para ocupar o cargo de relator foi uma decisão política e não técnica. Calheiros ainda criticou a postura do governo e do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), por não terem garantido a sua indicação como relator.
A CPI da Braskem tem despertado grande interesse por parte do público e da imprensa devido à repercussão das atividades da Braskem, que é alvo de denúncias relacionadas à extração de minerais e impactos ambientais em Alagoas, estado representado por Calheiros. A empresa também é investigada pelo desastre ambiental que ocorreu em 2019, quando um afundamento do solo atingiu áreas próximas a uma de suas minas, causando prejuízos socioambientais na região.
A saída de Calheiros da CPI pode significar um revés para os planos iniciais da comissão, uma vez que o senador é conhecido por sua atuação incisiva e experiente em investigações parlamentares. No entanto, o senador Rogério Carvalho já declarou que está se preparando para assumir o cargo de relator e que pretende realizar um trabalho minucioso e transparente, garantindo que a CPI cumprirá o seu papel de investigar as atividades da Braskem de maneira imparcial e rigorosa.
A expectativa agora é que a CPI da Braskem siga em frente com seus trabalhos, mesmo diante da saída de Renan Calheiros. A comissão promete lançar luz sobre as práticas da empresa e seus impactos socioambientais, trazendo à tona informações relevantes para o debate público e para a tomada de decisões a respeito do futuro das atividades da Braskem.