Israel deve permitir mais ajuda humanitária para evitar fome extrema em Gaza, diz chefe da UNRWA

A crise humanitária que assola Gaza pode ser evitada se Israel permitir a entrada de mais ajuda humanitária no território. Essa é a opinião do chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos, Philippe Lazzarini, que alertou para a situação crítica em que se encontra a população de Gaza devido à escassez de alimentos.

Segundo dados da ONU, cerca de 2,2 milhões de habitantes de Gaza estão ameaçados pela fome extrema, o que colocou a maioria da população do território em situação de vulnerabilidade. A falta de acesso a alimentos e a assistência humanitária adequada pode resultar em um aumento significativo da mortalidade infantil, especialmente no norte de Gaza, onde uma em cada seis crianças menores de dois anos enfrenta desnutrição aguda.

Lazzarini destacou que a crise atual é resultado de ações humanas e enfatizou que o mundo se comprometeu a não permitir que a fome seja uma realidade. Ele ressaltou a importância da vontade política de permitir o acesso e a proteção da ajuda humanitária para evitar a fome extrema em Gaza.

Nos últimos dias, relatos de palestinos residentes em Gaza revelaram a extrema necessidade de comida, com alguns sendo obrigados a consumir folhas e até mesmo a abater animais de tração para sobreviver. Antes do início da guerra entre Israel e o Hamas, Gaza recebia cerca de 500 caminhões diários com alimentos, mas esse número diminuiu drasticamente durante o conflito, agravando a situação humanitária no território.

A situação é ainda mais crítica no norte de Gaza, onde o Programa Mundial de Alimentos suspendeu a distribuição de ajuda devido ao caos e à violência que impediam a entrega segura e adequada dos alimentos. A fome extrema em Gaza é uma realidade que demanda ação imediata e solidariedade internacional para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.

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