Furto de cabos de telecomunicações aumenta 15% em 2023, prejudicando milhões de usuários em todo o país.

O aumento do furto de cabos de telecomunicações em 15% no ano de 2023 tornou-se um dos principais desafios para a manutenção da qualidade dos serviços de telefonia e internet no Brasil. A Conexis Brasil Digital, entidade que representa as empresas do setor, divulgou recentemente que mais de 5,4 milhões de metros de cabos foram subtraídos no último ano, um aumento considerável em relação aos 4,7 milhões registrados em 2022.

Essa quantidade de cabos furtados seria o suficiente para cobrir a distância entre Fortaleza e Lisboa, cidades que estão separadas por 5,7 mil quilômetros. O impacto direto dessas ações criminosas afetou cerca de 7,6 milhões de pessoas, deixando-as sem acesso aos serviços essenciais de telefonia e internet. Além disso, o furto de cabos também prejudica o acionamento de serviços públicos fundamentais, como a polícia, os bombeiros e serviços de emergência médica.

A análise por estados revelou que São Paulo foi a região mais afetada pelas ações criminosas, com um crescimento de 40% no número de cabos furtados em comparação com o ano anterior. Em seguida, o Paraná apresentou uma queda de 6% nesse indicador, tendo registrado 955,2 mil metros de cabos subtraídos no último ano.

Outra preocupação é a compra de equipamentos furtados ou roubados, o que motiva o setor de telecomunicações a pedir punições mais rígidas e ações coordenadas entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. A entidade também defende a alteração das leis que penalizam as operadoras quando o serviço é interrompido devido a crimes dessa natureza.

Diante desse cenário, medidas urgentes e eficazes se fazem necessárias para combater o furto de cabos de telecomunicações e garantir a segurança e a qualidade dos serviços de telefonia e internet no país. As ações preventivas e a colaboração entre os setores público e privado são fundamentais para minimizar os impactos dessas práticas criminosas e assegurar o pleno funcionamento das redes de comunicação no Brasil.

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