Segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, houve uma demanda por internações hospitalares muito maior este ano em comparação com o ano passado. Especialistas e autoridades de saúde estão preocupados com o número crescente de casos graves, o que levanta questões sobre as causas desse aumento.
Uma das hipóteses levantadas é que houve uma mudança na prevalência entre os sorotipos, com o sorotipo 2 circulando em maior quantidade este ano. Isso pode estar relacionado a uma maior incidência de reinfecção por dengue, o que aumenta o risco de desenvolver a forma grave da doença.
Com o aumento dos casos, também houve um aumento nas mortes relacionadas à dengue. Nos primeiros dois meses de 2024, 207 pessoas faleceram em decorrência da doença, em comparação com 148 no mesmo período de 2023. A letalidade da doença, no entanto, está menor este ano, com uma taxa de 0,02 comparada a 0,07 no ano anterior.
É importante ressaltar que os dados de 2024 são preliminares e provavelmente serão atualizados, já que ainda há um grande número de óbitos em investigação. O aumento de casos graves da doença neste período, que tradicionalmente não é o pico da doença, levanta preocupações sobre o impacto nos serviços de saúde e a necessidade de preparação para lidar com a epidemia.
Ethel Maciel também ressaltou a importância de prestar atenção aos sinais de alerta da dengue, especialmente entre os idosos, que têm um risco aumentado de complicações devido a comorbidades associadas. É fundamental estar atento aos sintomas da doença e buscar assistência médica para um diagnóstico e tratamento adequados.
Diante do aumento dos casos e da gravidade da doença, é essencial que a população esteja ciente dos riscos da dengue e adote medidas preventivas para combater a proliferação do mosquito transmissor. A vigilância e a conscientização são fundamentais para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde de todos.