A juíza Tracie Porter, do circuito do condado de Cook, acolheu o pedido dos eleitores de Illinois e do grupo de defesa jurídica Free Speech For People, que argumentaram que Trump violou a cláusula anti-insurreição da 14ª Emenda da Constituição dos EUA. Com isso, o ex-presidente foi desqualificado das primárias estaduais e das eleições gerais.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que Trump enfrenta impedimentos relacionados a sua participação nas eleições. Anteriormente, ele também foi barrado em Michigan, Minnesota e Oregon, embora tenha recorrido com sucesso das decisões em outros estados.
Durante uma audiência em janeiro, a juíza Porter questionou os advogados de Trump sobre o conceito de “insurreição” e a possível condenação do ex-presidente por um crime antes de ser removido do cargo. A magistrada enfatizou a importância de compreender os motivos que levaram a multidão a invadir o Capitólio naquele fatídico dia.
Embora Trump tenha apelado da decisão em Illinois, outros estados como Colorado e Maine também suspenderam sua participação nas eleições após decisões semelhantes. A Suprema Corte dos EUA também analisou o caso do Colorado em fevereiro, indicando que a elegibilidade de Trump pode ser contestada a nível nacional.
Os advogados de Trump insistem que a população americana deve ser responsável por escolher o próximo presidente e que Trump não cometeu nenhum ato que constitua uma “insurreição”. A defesa argumenta que a aplicação da Seção 3 da 14ª Emenda deve ser feita por métodos aprovados pelo Congresso e não por tribunais estaduais, refutando as acusações contra o ex-presidente.
A controvérsia envolvendo a elegibilidade de Trump continuará a ser debatida nos tribunais e poderá ter repercussões significativas no cenário político dos Estados Unidos.
