O Bairro do Recife, localizado na área central da capital pernambucana, está prestes a receber um empreendimento que promete agregar arte, cultura, educação e lazer à região. Além disso, um restaurante em formato de zeppelin será instalado em dois prédios próximos ao Marco Zero, um dos pontos turísticos mais emblemáticos da cidade.
O projeto, chamado de REC Cultural, ocupará os imóveis localizados nos números 23 da avenida Rio Branco e 58 da avenida Marquês de Olinda, onde antes funcionava o Santander Cultural. A autorização para ocupação desses espaços foi concedida pelo superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco, Jacques Ribemboim.
Inicialmente, o projeto foi rejeitado por unanimidade pelos técnicos do órgão, que alegaram descaracterização dos prédios tombados. No entanto, após algumas análises e ajustes, a autorização foi concedida. O superintendente determinou que o restaurante seja reversível e de caráter provisório, com a necessidade de revalidação da autorização em um prazo de 60 meses.
O REC Cultural não se limitará apenas ao restaurante em formato de zeppelin. O espaço abrigará exposições de artistas pernambucanos, uma loja do museu, café/lanchonete, auditório, biblioteca, laboratório e sala de aula. O objetivo é promover a cultura e a inclusão, além de gerar impactos positivos na economia local, com a expectativa de mais de 300 empregos diretos e indiretos durante a fase de obra.
O projeto conta com o Centro de Integração Social e Cultural José Cantarelli como proponente, uma instituição sem fins lucrativos com experiência na promoção de projetos inclusivos. O REC Cultural pretende atender um público diverso, ampliando as oportunidades de inclusão e desenvolvimento na região.
Apesar da autorização concedida pela Prefeitura do Recife, houve preocupações levantadas por órgãos e especialistas em preservação do patrimônio histórico. O debate sobre a preservação do sítio histórico e a aprovação de intervenções nesse contexto ainda são temas relevantes a serem discutidos no âmbito urbano e cidadão. A análise do Iphan também será fundamental para a conclusão dos licenciamentos da obra.
