TRE-DF torna ex-candidato ao governo do DF inelegível por 8 anos por abuso de meios de comunicação durante campanha de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) tomou uma decisão polêmica nesta quarta-feira, por 4 votos a 2, ao tornar o sociólogo Leandro Grass (PV), ex-candidato ao governo do DF, inelegível por 8 anos. A acusação contra Grass e sua candidata a vice-governadora, Olgamir Amancia Ferreira, foi de abuso dos meios de comunicação durante a campanha de 2022, o que gerou um impacto considerável no cenário político local.

A maioria dos desembargadores justificou a inelegibilidade dos candidatos argumentando que a dupla teria sido responsável pela disseminação de notícias falsas e desinformações sobre o então candidato Ibaneis Rocha (MDB). A coligação Unidos pelo DF, de Ibaneis, denunciou que Grass utilizou o horário gratuito na televisão, no rádio e na internet para difamar o atual governador, que buscava a reeleição.

Um fato que chamou a atenção do tribunal foi a participação de Ricardo Taffner, coordenador de comunicação da campanha de Grass, na divulgação de informações inverídicas. Taffner acabou sendo multado em R$ 20 mil pela maioria dos membros do TRE-DF, aumentando a repercussão do caso.

O relator do processo, desembargador Mario-Zam Belmiro Rosa, acabou sendo vencido na votação, juntamente com o desembargador Demétrius Gomes Cavalcanti. Eles alegaram que as possíveis fake news disseminadas durante a campanha de Grass não foram relevantes o suficiente para influenciar no resultado das eleições, uma vez que Ibaneis conseguiu se reeleger.

Leandro Grass, atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, se manifestou nas redes sociais após a decisão do TRE-DF. Em sua conta na rede social X, ele agradeceu as mensagens de apoio recebidas e afirmou que irá recorrer da decisão, confiando na justiça e na verdade, que, segundo ele, prevalecerão no desfecho desse caso.

A decisão do TRE-DF impactou fortemente o meio político local, levantando debates sobre a ética e a validade das práticas eleitorais. Resta agora aguardar o desenrolar dos recursos e acompanhar os desdobramentos desse caso que promete continuar movimentando a política do Distrito Federal.

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