Os detalhes do ocorrido foram analisados por especialistas, que concluíram que o tanque provavelmente disparou sua metralhadora contra os jornalistas, além de obuses, causando danos devastadores. Uma investigação realizada pela AFP e Reuters revelou que os projéteis utilizados no ataque são específicos do Exército israelense, sugerindo fortemente sua responsabilidade no incidente.
O relatório final dos especialistas, publicado recentemente, aponta que os repórteres foram alvos de disparos prolongados de metralhadora calibre 0,50, comumente utilizada nos tanques Merkava de Israel. A TNO, instituto especializado em análise de munições e armas, não pôde determinar com certeza a origem exata dos disparos, mas a evidência sugere fortemente a participação do tanque israelense no ataque.
Após o incidente, o diretor de Informação da AFP, Phil Chetwynd, pediu ao Exército israelense que conduzisse uma investigação completa e transparente sobre as circunstâncias que levaram à morte do jornalista e aos ferimentos dos demais profissionais de imprensa. Organizações internacionais de direitos humanos também se manifestaram, classificando o ataque como um possível “crime de guerra” e exigindo uma investigação rigorosa.
Enquanto isso, o Exército israelense alega que o local onde os jornalistas estavam era uma “zona de combate ativa” e prometeu revisar o ocorrido. A comunidade internacional aguarda atentamente por respostas e medidas concretas para garantir a segurança dos profissionais de imprensa que arriscam suas vidas diariamente em zonas de conflito.