Essa declaração coloca em xeque as esperanças de uma possível trégua na guerra entre Israel e Hamas, que já dura mais de cinco meses desde o ataque realizado pelos comandos do Hamas no sul de Israel. Este ataque resultou na morte de 1.160 pessoas, segundo informações oficiais israelenses divulgadas pela AFP.
Além disso, estima-se que cerca de 250 pessoas tenham sido sequestradas pelos combatentes do Hamas, com Israel afirmando que 130 ainda estão retidas em Gaza, sendo que 31 delas teriam falecido. A ofensiva israelense já causou a morte de 30.878 pessoas em Gaza, a maioria delas civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas.
Os mediadores do conflito, incluindo Estados Unidos, Catar e Egito, tentaram negociar um acordo de trégua no Cairo durante esta semana, visando um cessar-fogo antes do início do ramadã, que é um mês sagrado para os muçulmanos e está previsto para começar entre domingo e segunda-feira.
O Hamas, por sua vez, exige a volta dos civis deslocados pela guerra para suas casas e o início da reconstrução do território. Por outro lado, Israel solicita uma lista precisa dos reféns ainda vivos em Gaza, algo que o grupo islamista alega não poder fornecer, afirmando desconhecer o estado dessas pessoas.
A delegação do Hamas deixou o Cairo na quinta-feira para realizar consultas com a liderança política no Catar, porém, um alto dirigente do grupo afirmou que as respostas de Israel até então não atenderam às exigências mínimas do Hamas. A situação permanece tensa e sem perspectivas concretas de uma solução pacífica para o conflito entre o Hamas e Israel.