Os sequestros em massa para obtenção de resgate econômico são frequentes na Nigéria, o país mais populoso da África, especialmente contra centros de ensino. Apesar de uma redução nos ataques nos últimos anos, este ataque traz à tona a vulnerabilidade das escolas no país.
O governador do estado de Kaduna confirmou o ataque à escola Kuriga, que resultou na morte de pelo menos uma pessoa. Até o momento, o número de reféns ainda está sendo determinado, com relatos de que mais de 280 estudantes foram sequestrados.
Este crime remete ao sequestro de mais de 250 alunas em Chibok, nordeste da Nigéria, pelo grupo extremista Boko Haram, que provocou indignação internacional. Algumas estudantes ainda continuam desaparecidas, evidenciando a gravidade desses atos.
A Anistia Internacional condenou os sequestros em Kaduna e fez um apelo às autoridades para protegerem de forma mais eficiente as escolas, que deveriam ser locais seguros para as crianças. O presidente Bola Ahmed Tinubu assumiu o poder em 2023 com a promessa de enfrentar a violência no país, causada, entre outros fatores, por grupos jihadistas e criminais.
Nos últimos anos, centenas de estudantes foram sequestrados em diferentes regiões da Nigéria, com muitos sendo liberados após o pagamento de resgate. O sequestro em massa de mais de 100 mulheres no nordeste do país na semana passada também chama a atenção para a insegurança que assola a região.
O governo local e a comunidade clamam por ajuda e por mais segurança, enquanto as autoridades trabalham para elucidar o caso e trazer os estudantes de volta para suas famílias. A violência e os sequestros continuam sendo um grave problema no país, que busca soluções para garantir a segurança e proteção de seus cidadãos e estudantes.
