Presidente da Argentina anuncia revogação de aumento salarial em meio à crise econômica e protestos populares iniéditos.

O presidente da Argentina, Javier Milei, surpreendeu a todos no sábado, 9, ao anunciar que revogaria um decreto que aumentava seu salário e o de seu gabinete em cerca de 50%. Em um post em sua conta no antigo Twitter, Milei justificou a decisão alegando que, em um momento de crise como o atual, os políticos deveriam ser os primeiros a ajudar e não aumentar seus próprios salários.

No entanto, a ex-presidente Cristina Kirchner rebateu as afirmações de Milei, revelando que o aumento dos salários do presidente e sua equipe já estava em vigor desde fevereiro. E acrescentou que Milei e seus funcionários aumentaram seus salários em 48%, utilizando como argumento um decreto assinado por ela mesma 14 anos atrás. Foi um embate público, com trocas de acusações nas redes sociais entre os dois políticos.

Além disso, a deputada da oposição Victoria Tolosa Paz também se manifestou, acusando Milei de mentir para a população ao cortar drasticamente as despesas públicas em meio a protestos e greves promovidos por diferentes setores da sociedade argentina. Profissionais de áreas diversas como saúde, transporte e educação têm demandado aumentos salariais diante da inflação anual em torno de 254%.

Desde que assumiu o cargo, Milei tem sido alvo de críticas e protestos devido às medidas de austeridade implementadas, o que tem gerado um clima de insatisfação no país. A recente revogação do aumento salarial demonstra a pressão da opinião pública e das forças políticas contrárias às políticas do presidente argentinom em um contexto de crise econômica e social.

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