Embora a proclamação oficial como candidato esteja marcada apenas para a próxima sexta-feira, Maduro já agradeceu o apoio de seus partidários. A data das eleições foi definida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e respeita o acordo de realizar as eleições no segundo semestre de 2024, porém, coloca em risco o cronograma das missões internacionais de observação.
O CNE enviou convites para a União Europeia (UE), a ONU e o Centro Carter dos Estados Unidos para observarem o processo eleitoral. A indicação oficial de candidatos ao CNE deve ocorrer entre os dias 21 e 25 de março. O dia escolhido para a votação coincide com o aniversário do ex-presidente Hugo Chávez, e a proclamação de Maduro como candidato do PSUV foi feita no momento em que se comemoraram 11 anos de sua morte.
O presidente Nicolás Maduro já está em campanha há semanas, aumentando suas aparições públicas e anunciando novos programas sociais de “nova geração” e a criação de obras públicas. Enquanto isso, a oposição precisa definir um candidato diante da desqualificação política de María Corina Machado.
A qualificação dos candidatos tem sido um dos pontos de atrito nas negociações mediadas pela Noruega entre o governo e a oposição. Após a reeleição contestada de Maduro em 2018, diversos países e organizações, como os EUA, UE e OEA, enviaram missões de observação que relataram irregularidades no processo eleitoral, classificando-o como fraudulento.
Apesar das controvérsias em torno das eleições, Maduro se consolida como candidato natural do chavismo, numa tentativa de manter o PSUV no poder pelos próximos anos. A expectativa agora é em relação à oposição, que precisa definir seu candidato e lidar com a inelegibilidade de María Corina Machado. O cenário político na Venezuela se mantém incerto, com desafios e controvérsias visíveis no processo eleitoral que se aproxima.
