Trindade enfatizou a importância de não limitar a pandemia apenas ao passado, pois mesmo com o término da emergência sanitária, a covid-19 continua sendo uma questão de saúde pública relevante. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 2 de março de 2024, foram registrados 381.446 casos e 1.789 óbitos pela doença. Além disso, os casos de síndrome respiratória aguda grave aumentaram 75% nas últimas quatro semanas, conforme informações da Fiocruz.
Durante o evento, houve críticas à gestão anterior do governo federal e cobranças por responsabilização pelas mortes evitáveis. As autoridades presentes reforçaram a importância da memória e destacaram a necessidade de avanços tecnológicos para lidar com a pandemia.
Rosângela Dornelles, representante da Rede Nacional das Entidades de Familiares e Vítimas da Covid, ressaltou que a pandemia deixou marcas de profundo sofrimento na população brasileira. Já o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, afirmou que muitas das vidas perdidas poderiam ter sido preservadas se medidas preventivas tivessem sido adotadas.
O evento também contou com a presença de Hisham Mohamad Hamida, presidente do Conasems, que destacou a necessidade de avanços no complexo industrial e tecnológico do país. Por fim, foi ressaltada a importância de criar uma política de memória para reunir as pessoas, proporcionar conforto, promover a interação e permitir o registro de testemunhos.
Em meio a esse contexto, o Conselho Nacional de Saúde voltou à Procuradoria Geral da República para pedir a responsabilização de agentes públicos por omissão na condução da pandemia. A memória, segundo Pigatto, é um instrumento fundamental para garantir que erros do passado não se repitam.