Em entrevista à rede de TV CNBC, Trump expressou sua insatisfação com a possibilidade de o TikTok ser banido, alegando que isso apenas beneficiaria redes sociais concorrentes, como o Facebook, que ele considera um “inimigo do povo”. Essa mudança de postura do ex-presidente surpreendeu, considerando que durante seu mandato ele emitiu um decreto para proibir o uso do TikTok nos EUA, alegando questões de segurança nacional.
Recentemente, uma comissão da Câmara dos Representantes dos EUA votou a favor de um projeto de lei que poderia forçar a controladora do TikTok, ByteDance, a vender sua filial, sob pena de proibição da plataforma no país. Essa medida visa proteger os dados dos usuários americanos diante de preocupações em relação aos vínculos entre o TikTok e autoridades chinesas.
Enquanto Biden mostrou-se favorável à nova lei, Trump ressaltou a importância da proteção de dados, mencionando que outras empresas de tecnologia estariam dispostas a fornecer informações sobre seus usuários se solicitado pela China, citando o Facebook como exemplo.
Após essa mudança de opinião de Trump, a imprensa americana levantou questões sobre os possíveis interesses por trás de suas declarações, incluindo seus laços com Jeff Yass, um importante doador para candidatos republicanos com investimentos no TikTok. Segundo o jornal New York Post, Yass teria ameaçado interromper o financiamento aos republicanos caso a lei sobre o TikTok seja aprovada.
Diante desses acontecimentos, o debate sobre a adequação e o controle das redes sociais, bem como a proteção dos dados dos usuários, ganha destaque nos Estados Unidos, refletindo os interesses políticos e econômicos envolvidos nesse cenário.
