Desde o início do ano até 8 de março, aproximadamente 82 mil migrantes passaram pela Colômbia para atravessar essa selva, onde a insegurança tem aumentado, resultando em relatos de agressões sexuais contra os viajantes, conforme denunciado pela MSF.
A situação se agravou a ponto do governo panamenho suspender a ação humanitária da MSF em Darién, alegando que há organizações internacionais incentivando essas perigosas travessias ao fornecer mapas sobre como cruzar a floresta.
Diante desse cenário preocupante, a embaixada dos Estados Unidos no Panamá entregou uma ajuda no valor de US$ 500 mil (R$ 2,48 milhões) ao Serviço de Migração e Polícia Fronteiriça (Senafront) do país, que inclui cobertores e mosquiteiros, além das tendas e camas de campanha.
John Barrett, ministro conselheiro da embaixada, ressaltou que nos últimos três anos os Estados Unidos já doaram US$ 43 milhões para auxiliar os migrantes no Panamá. Ele expressou preocupação com os incidentes recentes envolvendo migrantes, como o confronto em San Vicente, que resultou em 45 detidos. Entre os detidos, havia venezuelanos, colombianos e equatorianos, que serão julgados por crimes contra a segurança coletiva e contra o patrimônio econômico.
Essa situação delicada na fronteira do Panamá com a Colômbia tem se mostrado um desafio cada vez maior, representando não apenas uma preocupação humanitária, mas também uma questão de segurança nacional para os países envolvidos. O apoio internacional, como o fornecido pelos Estados Unidos, se torna fundamental para lidar com essa crise migratória.