Esses resultados surgem em um momento de crescente preocupação por parte de legisladores e defensores dos direitos das crianças em relação ao impacto dos telefones e das redes sociais na vida dos adolescentes. No final do ano passado, vários estados americanos, como Califórnia e Nova York, entraram com processos contra a Meta, dona do Instagram e Facebook, alegando que as plataformas prejudicam os jovens e contribuem para problemas de saúde mental.
Em janeiro, os CEOs das principais empresas de redes sociais compareceram ao Comitê Judiciário do Senado para prestar depoimento sobre os danos causados por suas plataformas aos jovens. Apesar dessas preocupações, a maioria dos adolescentes considera que os smartphones favorecem a criatividade e a busca por hobbies, com 45% deles afirmando que os dispositivos os ajudam a ter um bom desempenho escolar.
O estudo do Pew Research Center revelou que quase todos os adolescentes nos EUA têm acesso a um smartphone. A pesquisa foi realizada em uma amostra de 1.453 pares de adolescentes com um dos pais, entre setembro e outubro de 2023. Além disso, aproximadamente metade dos pais limitam o tempo que seus filhos passam no celular, enquanto uma parcela semelhante não impõe restrições.
Os dados também apontaram que pais e adolescentes discutem frequentemente sobre o tempo de uso do telefone. Em relação à vigilância dos pais sobre o uso do smartphone pelos filhos, a pesquisa mostrou que os responsáveis por adolescentes mais novos são mais propensos a monitorar o dispositivo. Além disso, os smartphones foram considerados por alguns jovens como dificultadores da aprendizagem de habilidades sociais.
Em suma, os resultados destacam a complexa relação dos adolescentes com seus telefones e redes sociais, ao mesmo tempo em que evidenciam desafios e benefícios associados a esse uso. A discussão sobre o equilíbrio no uso desses dispositivos continua sendo um tema relevante para pais, educadores e legisladores.
