De acordo com os resultados, 81,9% das famílias pernambucanas estavam endividadas, sendo que 29,4% enfrentavam contas em atraso e 15% não conseguiam honrar seus compromissos financeiros. O cartão de crédito representava a maior parte das dívidas, com 94,3%, seguido por carnês (26,8%) e crédito pessoal (6,2%). O atraso médio no pagamento era de 59 dias, comprometendo 30,6% da renda das famílias.
Um dado interessante observado na pesquisa foi a discrepância entre famílias com renda de até 10 salários-mínimos e aquelas com renda superior a esse valor. Enquanto 31,7% das famílias de menor renda tinham dívidas em atraso, apenas 5% das famílias mais abastadas enfrentavam essa situação.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou a importância da participação das mulheres no orçamento familiar, que tem contribuído para a redução da inadimplência. Já o economista da Fecomércio PE, Rafael Lima, ressaltou que os dados da PEIC para Pernambuco em fevereiro demonstraram resultados promissores, com a inadimplência em queda e o nível de endividamento estável. Essa tendência aponta para a retomada do consumo por parte dos consumidores que estavam limitados pela inadimplência.
Com essa melhoria no cenário econômico do estado, as famílias pernambucanas podem vislumbrar um horizonte mais positivo em relação às suas finanças, o que pode impulsionar a economia local e fomentar o crescimento de diversos setores. Esse é um reflexo do esforço conjunto tanto das instituições quanto dos próprios consumidores em equilibrar suas finanças e evitar a inadimplência.