Segundo o astrofísico e pós-doutor do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, o Cometa do Diabo leva 71,3 anos para completar uma órbita ao redor do Sol. A expectativa é de que o cometa se torne visível a olho nu, porém o uso de binóculos é recomendado, pois não há garantia de visibilidade direta.
Atualmente, o cometa está passando pela constelação de Andrômeda, a uma distância de 245 milhões de quilômetros da Terra. Sua aparição é geralmente marcada por explosões de gás e poeira liberados de sua superfície, o que contribui para sua luminosidade.
Durante o periélio, o cometa alcançará sua maior proximidade com o Sol, a uma distância de 0,78 unidades astronômicas ou mais de 116 milhões de quilômetros. No entanto, Monteiro ressalta que o brilho do 12P/Pons-Brooks é imprevisível e não garante sua visibilidade a olho nu.
Para observar o periélio do cometa, os espectadores devem voltar seu olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do Sol, momento em que o cometa estará mais visível.
Em abril, o Cometa do Diabo estará abaixo da constelação de Touro, enquanto em maio estará abaixo da constelação de Órion. O horário de visibilidade varia conforme a região do Brasil devido à diferença no pôr do Sol. A partir de junho, o cometa ficará mais distante da Terra, porém ainda poderá ser observado no hemisfério sul com binóculos e telescópios.
A peculiar forma de chifre do Cometa do Diabo é resultado da pressão da radiação solar, que cria uma cauda de gás e poeira. Astrônomos estudam as possíveis causas desse formato, como a liberação desigual de material ou bloqueios na visão do brilhante atrás do cometa.
Em resumo, o Cometa do Diabo promete proporcionar um espetáculo celeste nos próximos meses, com aparições brilhantes e possíveis desafios para observadores terrestres em todo o mundo.