Mulher em coma por 24 anos após atropelamento morre no Espírito Santo, sem identificação e correndo risco de ser sepultada como “indigente”.

Após um longo período de 24 anos em coma, a paciente conhecida como Clarinha faleceu no Espírito Santo. Sua história remonta a um trágico atropelamento sofrido em 2000, no Dia dos Namorados, 12 de junho, onde foi resgatada inconsciente e sem documentos. Desde então, sua identidade permaneceu um mistério, assim como o local exato do acidente e o veículo envolvido.

Durante duas décadas, a equipe médica que a acompanhava decidiu apelidá-la de Clarinha, em alusão às suas características físicas. O caso tomou grande repercussão após uma reportagem no programa Fantástico, em 2016, o que levou diversas famílias de desaparecidos a tentar identificá-la como algum ente querido. No entanto, mesmo com exames realizados, nenhum vínculo familiar foi estabelecido.

A morte de Clarinha ocorreu devido a uma broncoaspiração na manhã de quinta-feira, 14 de junho. Por não possuir documentos de identificação, existe a possibilidade dela ser sepultada como indigente. No entanto, a equipe médica responsável pelo caso está tentando reverter essa situação, uma vez que a paciente se tornou parte da “família” dos profissionais que a cuidaram ao longo dos 24 anos de coma.

Apesar de não ter sido identificada ou reclamada por famílias em todo esse tempo, Clarinha deixou uma marca naqueles que a cercavam, tornando-se mais do que apenas um caso médico. Agora, com sua partida, resta aos profissionais e autoridades envolvidas encontrar uma forma digna de homenagear e sepultar essa paciente que desafiou as estatísticas e permaneceu em coma por tanto tempo.

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