Líder norte-coreano Kim Jong-un supervisiona exercícios de artilharia em meio à visita de Blinken à Coreia do Sul.

O líder norte-coreano Kim Jong-un não perde tempo. Na terça-feira, ele supervisionou uma série de exercícios de disparo de unidades de artilharia no oeste do país. A ação, reportada pela agência de notícias estatal KCNA, ocorreu em meio à visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, à Coreia do Sul. Tudo isso após os dois países terem concluído um dos maiores exercícios de treinamento militar conjunto.

Os exercícios de terça-feira contaram com “lançadores múltiplos de foguetes grandes”, e os soldados, sob a ordem de Kim Jong-un, “dispararam simultaneamente a arma de aniquilação”, conforme divulgado pela KCNA. Já na véspera, Pyongyang havia lançado vários mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão.

Essas manobras de artilharia foram anunciadas logo depois de Seul ter informado que o Norte havia disparado três mísseis de curto alcance, em uma clara tentativa de chamar a atenção durante a visita de Blinken à região. Os projéteis voaram cerca de 300 quilômetros antes de cair no Mar do Leste.

Durante sua estadia na Coreia do Sul, Blinken participou da terceira Cúpula pela Democracia e se reuniu com o presidente Yoon Suk Yeol em Seul. Os temas das reuniões têm sido dominados pelos esforços conjuntos para combater as ameaças nucleares vindas do regime de Pyongyang.

Pyongyang sempre reage com irritação aos exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul, os quais consideram como preparativos para uma invasão. Desta vez, a KCNA afirmou que os “lançamentos de mísseis maciços” são uma resposta direta aos exercícios que aconteceram recentemente.

Este clima de tensão não parece estar perto de se dissipar. Com a presença de Blinken na região, a expectativa é de que os ânimos se acalmem, mas a instabilidade ainda paira sobre a península coreana. Após passar pela Coreia do Sul, Blinken segue para as Filipinas, mas os olhos do mundo ainda estarão voltados para a região e para os próximos movimentos de Kim Jong-un. O preço a ser pago por qualquer provocação pode ser alto.

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