Após a retirada do sigilo sobre o relatório da PF pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi revelado que Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando a inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde para obter benefícios ilícitos. O objetivo da falsificação do certificado de vacinação era facilitar a entrada e saída nos Estados Unidos, driblando as exigências sanitárias impostas pelos dois países.
Bolsonaro sempre negou ter tomado a vacina para covid-19 e afirmou que não houve adulteração de sua parte. O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, criticou o vazamento do indiciamento, destacando que a divulgação foi inadequada e parcial. A Agência Brasil tentou entrar em contato com a defesa de todos os envolvidos no caso.
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que o registro de imunização contra a covid-19 no cartão de vacinação de Bolsonaro é falso. A investigação teve origem em um pedido feito através da Lei de Acesso à Informação. Os dados indicam que Bolsonaro teria se vacinado em uma data e local em que não estava presente.
O relatório da PF será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que analisará as evidências e decidirá se apresentará denúncias. A lista de indiciados inclui diversos crimes, tais como associação criminosa, falsidade ideológica de documentos públicos e inserção de dados falsos em sistemas de informações. As investigações revelaram uma conexão entre a falsificação do certificado de vacinação e a tentativa de golpe de estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.